Jim Morrison

“Se exponha a seu medo mais profundo; depois disso, o medo não tem mais força, e o medo da liberdade encolhe e desaparece. Você está livre.”

domingo, 18 de dezembro de 2011

Responda-me

Quanto tempo eu passei
Esperando por respostas que não viriam.
Eu pensei em desistir
Em desistir de mim
Adeus a mim
Adeus a mim
ADeus...
Onde Ele está agora?
Fico pensando se isso é certo ou errado,
Mas certo ou errado é o que sou.
Como não ser o que se é?
Como não ser o que se foi?
Responda-me
Responda-me
Responda-me
Onde Ele está agora?

p.s: música minha antiga


Emanuella Saraiva

domingo, 6 de novembro de 2011

"Bible, God, John Lennon! I dont believe..."



Deus é um conceito,

Sim, John Lennon estava certo...
cada um tem um conceito diferente a respeito de Deus.
Não acredito em biblia, tarô, Buda.


Eu também não acredito,
Pessoas falam em Deus, amam a Deus,
mas não praticam o amor ao próximo,
julgam sem direito.


Não adianta achar-se "deus da razão",
não adianta julgar, pois não será melhor que ninguém...
cada um tem seu motivo para agir da maneira que age.


Pra mim Deus também é um conceito,
Eu não acredito que a biblia faça milagre,
como também não acredito que na igreja há santos.


Não acredito que Deus faça milagres e faça cair dinheiro do céu,
mas acredito que quando estamos lutando ele nos dá força.
É nisso que eu acredito!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Bonequinha de Luxo



Na dualidade do teu ser,
Insiro reticências
Não. Não me incomodam.
Apenas olho, de longe;
Olho sem ver
Apenas traçando as linhas do teu caminho
Não por te entender,
Mas por te sentir
Sempre aqui neste incômodo vazio
De uma ausência presente ou
De uma presente ausência
De tudo aquilo que vale a pena lembrar :
O canto dos teus lábios,
que não escondem a inquietude que te embaça os olhos.
A displicência sedutora como guias a vida,
Ora amando, ora indo embora.
Quem entender-te-ia,
Quando és um mistério à tua própria pessoa?
Talvez seja este teu encanto
Uma espécie de "decifra-me ou devoro-te"
E assim, segues teu caminho tão cheio de aclives e declives
E nas curvas destes, 
Eu.
Não porque te procuro.
Apenas porque, inexplicavelmente, te acho.

Emanuella Saraiva




sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Soneto XVII


Não te amo como se fosses rosa de sal, topázio

ou flecha de cravos que propagam o fogo:

te amo como se amam certas coisas obscuras,

secretamente, entre a sombra e a alma.


Te amo como a planta que não floresce e leva

dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,

e graças a teu amor vive escuro em meu corpo

o apertado aroma que ascender da terra.


Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,

te amo diretamente sem problemas nem orgulho:

assim te amo porque não sei amar de outra maneira,



senão assim deste modo em que não sou nem és

tão perto que a tua mão sobre meu peito é minha

tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.

Pablo Neruda

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Papillon



Sinta...
Deixe...
Leve...
...e traga...
a calma da pausa que é sua.


Emanuella Saraiva

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

"Palco da solidão..."



"De repente a música parou de tocar,
Só restou o silêncio e o vazio.
Não havia mais ninguém a não ser você, 
como um fantasma naquele palco esperando pelos aplausos."

Mariane Valente
"O dinheiro não me trás felicidade,
A conquista tem que ser algo constante para mim
E meu sentimento, bem, ele tem começo, meio e fim."

Mariane Valente

sábado, 16 de julho de 2011

It's better to burn out than to fade away

Sabe quando você tem uma semana daquelas? E você passa por tanta coisa que falta tempo pra pensar.
Às vezes a gente fica tentado a ser "bonzinho" com os outros; mas de que isso serve, afinal?
Não me entendam mal, o "bonzinho" ali de cima é fazer o que você não quer só pra não chatear ninguém. Se você gosta de fazer isso, beleza. Problema seu. Mas eu não faço mais.
Cansei. Cansei de fingir que está tudo bem quando não está. Cansei de me consolar com apenas um pedaço quando preciso do todo. Cansei também de explicar. Chega de repetições.
Não me sinto revigorada nem super de bem com a vida. Sinto apenas que eu fui honesta, pelo menos comigo mesma. Já vi e revi todas essas histórias e não tenho um pensamento edificante nem otimista nesse momento. Normal, talvez passe. Estou sempre pronta a rever minhas ideias. Convicções? Posto que não tenho nenhuma! Eis as maiores inimigas da verdade. As convicções nos excluem de pensar sobre algo. Tudo é questionável. Tudo é transitório. Estamos nadando no acaso. Vivemos num grande "random". Quem sabe o que virá depois? Mas também não importa. Nem tudo é aceitável. 
E estou aqui contemplando mais uma de minhas mudanças. E poucos sabem ler o silêncio que se esconde atrás de um rosto.
And if you cannot understand me,darling, just remember: It's better to burn out than to fade away!

Emanuella Saraiva

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Caminho

Há o dia em que tudo muda. Você muda. O mundo muda. Muitas vezes nos encontramos em situações que parecem se repetir em uma espécie de ciclo sem fim. Mas tudo tem fim. Às vezes, nós que não queremos ver. 
Eu que me prendi tanto em você, que tanto esperei por você, que tanto te gostei; hoje caminho livre numa outra estrada que me leva tão distante. Tão distante que já nem sei se foi real ou mero devaneio o meu "estar ao seu lado".
Escrever liberta. E foi escrevendo que fui "exorcizando" meus "carmas". Sim, já tive alguns. Afinal, quem não os tem? O que importa é que sempre se pode superar "perdas". Nesse mundo, nada é garantido,baby. Para que algo mais frágil que a vida? Somos apenas uma chama ao vento. 
Viva enquanto existir. Que seja eterno o que for passageiro, pois são esses momentos que nos tornam reais.
Esse texto é uma forma muito pessoal de tentar traduzir esse sentimento de nova página que sempre acontece na vida. E eu sei que muitas pessoas estão, nesse momento, virando mais uma página.
Abaixo um trecho de C.F.A, que me levou a escrever hoje:


"Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu. "


Emanuella Saraiva

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Esse Vinícius sabia o que dizer

Ternura 



Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor
seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentando
Pela graça indizível
dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura
dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer
que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas
nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras
dos véus da alma...
É um sossego, uma unção,
um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta,
muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade
o olhar estático da aurora.
Vinícius de Moraes

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Segunda-feira de JaZZ e Blues...


No meu som está tocando Etta James, 
O som do saxofone faz minha alma acalmar,
meus pensamentos viajam...
Estou tão nostálgica! 
estou me sentindo tão só e confusa nesta segunda-feira,
meu pensamento está apenas no futuro,
estou quase enlouquecendo de tanto pensar e questionar.
O que fazer? o que amar? o que melhorar?
Eu não sei de nada além do que estou sentindo agora.
Só quero ficar em paz nesta segunda-feira com o saxofone do meu Jazz classico,
e o som das cordas de uma guitarra que nesta hora chora...

Segunda-feira de Jazz e Blues(Mariane Valente) - "Um pouco de contradição."

domingo, 5 de junho de 2011

Reflexões


Noite de domingo,
Dia triste. Historicamente monótono
A doença nos faz lembrar da finitude.
Ah, a efemeridade da vida!
Esta vida passageira que não deixa rastros
As marcas se perdem ao longo da estrada.
 
Os anos abrandam a alma e o coração
E nos tornamos mais tolerantes,
Menos petulantes e cheios de razão.

O tempo nos ensina a ouvir e pensar
As escolhas são feitas com paciência
A nossa impulsividade diminui
E nos tornamos menos claros.

Sofremos menos com o passar dos anos,
Mas também vivemos menos
Os momentos não são vividos com a plenitude necessária.

Ah, os sonhos da juventude!
Ah, a razão da maturidade!
Eu?
Eu fico com o meio termo.

Emanuella Saraiva (há um certo tempo)

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Felizes são os peixes


Esse é um dos meus refrões favoritos dos titãs. É meio bizarro, mas até que faz sentido se compararmos com as pessoas.
Os peixes não devem explicações, nadam de acordo com a melhor correnteza e andam em cardumes para tentar escapar dos predadores.
E nós, o que fazemos? Tentamos justificar para sabe-se lá quem (pais, família, sociedade..) tudo o que fazemos porque..por que mesmo?
Já as nossas escolhas até que variam, mas sabemos se é mesmo a melhor? Continuamente escolhemos pelo momento, por impulso, e ainda achamos ruim se as consequências forem desastrosas. Ficamos irados por causa da nossa falta de responsabilidade, mas é mais fácil jogar a culpa nos outros...sempre são os outros.
E os nossos amigos? Poxa, como é difícil saber quem são! Sabe, aquele seu melhor amigo? Pois é, ele pode não ser tudo aquilo que você pensa. Só sabemos quem são realmente as pessoas nas situações mais complicadas. Tudo isso é tão batido, né? Mas acredite, todos passam por isso. Como dizia a minha vó, coração dos outros é terra de ninguém. Ninguém sabe o que se passa com outrem só se pode comparar consigo mesmo; e a nossa própria falta de autoconhecimento pode nos colocar em "becos sem saída". Somos predadores de nós mesmos.
Pense em você. O que você realmente é? Será que você é mesmo aquilo que você come, que você usa? "I don't think you what you seem".
E como diz Romário: valeu, peixe!
Emanuella Saraiva



quarta-feira, 27 de abril de 2011

Middle of nowhere

Há alguns dias tenho vontade de escrever, mas não sei exatamente sobre o que. Tudo anda tão misturado, rápido demais, embaçado demais pra entender.
Às vezes bate essa sensação estranha de "dead line", mas daí a gente pensa "poxa, mas sou tão jovem!". Entretanto nada parece novidade. Tudo lembra aquele eterno círculo. A rotina massacrante do repetimento das coisas. Falta o ar. Mas o que se quer afinal? Todos passam tanto tempo pra conseguir chegar em um lugar tal, que outros chamariam de sucesso; quando se chega lá o que? o que é que tem lá nesse tal lugar? O que mudou pra você? E será sempre assim (?). Um eterno ir...mas pra onde?
Eu sei que o que move o mundo são as perguntas, mas é tão difícil achar as respostas! Sei que não há respostas universais; a individualidade provoca uma multiplicidade de caminhos. Mas tá difícil escolher a direção nesse momento. Aliás, onde eu estou na linha do tempo?
E você, sabe o que está fazendo??

Emanuella Saraiva

sábado, 2 de abril de 2011

Da janela

Não sei se seria sentimentalismo demais, mas ultimamente tudo parece tão vazio de sentido.
De sentido..de sentir.
De que vale a beleza se ela é apenas um painel que será admirado por algumas horas?
Vou até um pouco além, de que vale o sentimento se ele deve ser contido, escondido, esquecido, apagado?
Muitos criticam uma noite vazia. Noite essa cheia de gente, de possibilidades...
Para os que criticam, sobra a inveja de ser desejado, de ser livre por algumas horas.
Mas quais são as possibilidades? É mesmo possível transformar essas "possibilidades" em algo que nos preencha algo além dos olhos? Que nos embriague um pouco mais que o álcool? E que nos eleve mais que a música?
É...talvez seja sentimentalismo demais.

Emanuella Saraiva

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Esvazie-se

Esvazie-se.
Se eu pudesse dar um conselho às pessoas seria esse: esvazie-se.
Dispe-se de suas dúvidas. Aceite o imutável. Conviva com o que se é.
Pare por algumas horas para esvaziar.
Pode ser em frente ao mar, na janela de casa, na varanda do apartamento.
Esvazie-se.
Não pensar em nada por algumas horas ajuda a pensar muito melhor na hora certa de decidir.
Ficar se perguntando o quê dos quais não vai mudar nada. São só os seus sentimentos querendo enganar sua razão.
A razão sabe. A razão entende.
Não que eu seja contra os sentimentos ou quaisquer coisas correlatas a eles.
Mas cá entre nós, sempre sabemos a resposta das coisas.
Apenas usamos a desculpa do querer entender para prolongar um sentimento, que, na maioria das vezes, não deveria ser prolongado.
Falo isso por experiência própria; por histórias impróprias.
Não saber o que quer é pura mentira. A gente sabe, sim. Apenas usamos o "não saber" para esconder que fizemos escolhas erradas. Que insistimos no caminho errado.
E a razão sabe.
Não deixe que seus sentimentos gritem tão alto ao ponto de emudecer sua razão.
Esvazie-se, meu caro.
Dê tempo para seu corpo se acalmar, sua mente aceitar.
Esvazie-se...em doses não paleativas.

Emanuella Saraiva

domingo, 30 de janeiro de 2011

Sem título

Sinto falta dos teus braços
Que sabem o que meus lábios calam.
A chuva lá fora vem em gotas pequenas
de um Janeiro meio frio, inteiro sem você.
Talvez ainda haja um nós em algum lugar.
Talvez não seja tão tarde
Talvez não esteja tão longe...
"Friends, lovers or nothing" jamais seria nossa canção,
Pois fomos tudo que se pode ser.

Emanuella Saraiva

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Domingo

Nada pra fazer, acordar tarde...
Colocar algumas coisas em ordem
Gavetas, caixas, envelopes, papeis,
Velhas lembranças misturadas com as novas.
Nesse domingo pacato e até entediante percebo
Que apesar de ser uma menina, já tive muitos
Momentos bons e que pessoas interessantes passaram
Pelos meus dias, tornado-os em momentos alegres,
Entusiasmados e as vezes em dias tensos.
Diante dessa bagunça, papeis jogados pelo chão,
Me distrai e me distanciei, amei novamente; chorei de raiva...
Senti saudades e dei sorrisos timidos e revitalizantes...
Nessa arrumação, acabei guardando novamente os meus melhores dias na gaveta, mas com muito cuidado e com mais espaços para as novas lembranças.

Mariane Valente

London London

http://www.youtube.com/watch?v=IADnLGD5KQs


Simplesmente viajo nessa música...

sábado, 15 de janeiro de 2011

Ich habe dich Liebe

Eu queria dizer que não.
Mas não posso.
Eu queria dizer que sim.
Mas também não posso.
Nada posso (?)
Vejo o mar
Observo as ondas que vem e vão
Mas elas vem e vão? Não são novas ondas? Será que elas voltam?
Será que voltam..que volta..que voltamos
"Non dimenticare che ti amo"

Emanuella Saraiva

sábado, 8 de janeiro de 2011

Eu queria era dizer um palavrão

Todos vivem procurando (o que?)
Todos desejam (quem?)
Todos dizem que sim
Todos vão pelo mesmo caminho
Tolos vão assim
Tolos vão sozinhos
Todos vivem sozinhos
Tolos indicam o caminho
Tolos...
Todos...
Todos Tolos

Emanuella Saraiva