Jim Morrison

“Se exponha a seu medo mais profundo; depois disso, o medo não tem mais força, e o medo da liberdade encolhe e desaparece. Você está livre.”

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Nada

Mergulhando fundo...
O que vejo?
Nada!
É tudo tão denso, tão escuro...
Não ando, não nado, não respiro
Sou nada.
Sinto o nada.
E como eu imaginaria que o nada era, assim, tanta coisa?
Tudo junto vira nada.
E, quem me dera fosse uma crise da idade
Não...
É a crise da minha consciência que me sufoca...
e nada....

Emanuella Saraiva

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

A headbanger is bigger than his hair!






Sempre fui rock. Nunca fui mpb, bossa ou soul.
Talvez por isso, eu seja assim teimosa, firme, dura.
Sabe uma coisa interessante do rock?
O rock é calmo apesar de pesado
O rock é crítico apesar de largado
O rock pensa apesar do grito
O rock ama apesar da solidão
Às vezes eu vejo o mundo um lixo, mas lá no grito ele fica leve.
A vida é como um pulsar de pedaleiras duplas que segue freneticamente para, de repente,
Intercalar-se com a pausa de solo calmo de guitarra
Como se o dia fosse uma espécie de "master of puppets" em loop.
E quando o mundo pesa: "Fuck you, I won't do what you tell me"

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Aquele livro de Julho

No livro de nós dois, uma história rabiscada, variada entre pontos finais e reticências.
Seria esse o fim, meu bem?
Ou será mais um adeus interrompido? 
Ninguém ousará falar.
Seus olhos me dilaceram no presente e passado
Com uma opacidade profunda que esconde um brilho misterioso
Encontrado apenas no "olhar cruel de quem sabe o que quer"
Mas que não tem forças pra lutar.
Tuas palavras escondem um jogo letal
Um paradoxo ternura-angústia capaz de paralisar uma pessoa por inteiro.
Teu rosto é de uma perfeição psicótica, o tipo intangível, irreal.
O que escondes, meu bem? 
Onde está o teu punhal afiado e certeiro?
Tão certo quanto o Sol do dia é tua angústia da noite,
Tendo como tradução do teu ser um dia nublado, onde paira a incerteza da chuva. 
Tuas nuvens são carregadas e escuras, que podem, em seus movimentos,
Trazer tanto os raios que destroem, como a sombra que refresca e acalma.
E tanto tempo depois me pergunto: Quem é Você?
E ainda tenho o silêncio como maior resposta,
Mas não dentro de mim.




Emanuella Saraiva

domingo, 22 de abril de 2012

Onde está você, meu amigo?


O que nos afasta é o que nos prende,
O passado dá voltas em nossos olhos
E o silêncio teima em ser mais forte do que nós dois.
E no teu peito sei que bate também a força das palavras mudas,
As palavras que vociferam por dentro
Que, talvez, remoem mágoas
Mas, entenda, tudo isso são águas passadas que não voltam mais.
O tempo que passou já imprimiu a sua história,
Já deixou seu rastro, suas memórias.
Fomos ou nos deixamos ser tão brutalmente separados
Que não nos restou nem o agrado de nossas presenças?
Eu me pergunto quando, meu amigo?
Quanto tempo ainda existe de distância a ser vencido?
Lembre-se, os cacos são ainda vidro.

Emanuella Saraiva

domingo, 1 de abril de 2012

À beleza verdadeira


Vida...
Apenas vivê-la
Esse é o preceito mais simples de todos

Tornar-se o que se é!
Eis algo simples,
Apenas sê-lo!

Por que impedirmos o curso das águas?
Complicar o descomplicado?
Onde começa esse emaranhado de nós aos quais estamos atados?

Não me impeçam de sentir
Não me peçam para não ir
Sou a minha bela. Sou o meu caminho.
Sou um pouco de mim em cada um que amo.

Aos amigos, ao amor, às ideias
A tudo pelo qual não valeria viver sem,
À vida e ao tempo, mestres da sabedoria,
Guardiões da verdade e de cada um de nós;
A tudo que me tornou o que sou,
Obrigada.

Emanuella Saraiva

sábado, 18 de fevereiro de 2012

...

Saudades dessa menina especial pra mim,
Que mesmo distante se mostrou amiga.

Lellinhaaaaa!!!
Um abraço e um beijo brasiliense pra você...

;********

(M. Valente)

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Sem título

Tanta coisa a dizer e nada sai daqui.
Tanto tempo pensando e pensando, mas onde está a ação?
Barrada no medo, na opressão,na covardia?
Que raios existe na cabeça de alguém pra continuar nessa "dose diária de tortura"?
Não. Não tô falando de paixões atravessadas, só pra constar.
O que eu tenho é um complexo-doentio-insano relacionamento familiar.
Eu preciso de espaço. Do meu. Que seja meu, só meu. Do meu jeito, com meu gosto. Sem as suas críticas, só a minha cara.
Eu quero falar. Por que você me cala? 
Por que eu me deixo calar?
E não adianta mais análise. O foco está errado.
O caminho está errado.
O lugar está errado.
Eu estou perdida.





Emanuella Saraiva