Cheguei aqui sem amigos, sem casa, sem grana, sem saber o que ia fazer da vida e, o pior, ainda era adolescente. Nunca tive o privilégio de poder errar, de ser irresponsável, de "chutar o pau da barraca" mesmo. Talvez por isso eu tenha tanta dificuldade de entender quem assim é ou foi.
Mas voltando a mim....
Tive a sorte de conhecer pessoas tão maravilhosas que todas as coisas ruins se tornaram pequenas. Tive ao meu lado amigos tão fiéis que fica difícil encontrar palavras pra descrever o quanto cada um representa na minha vida.
Tive também amores e paixões, como todo ser humano. Essas pessoas estarão pra sempre na história da minha vida. Algumas positivamente, outras nem tanto; mas todas foram responsáveis por eu ser o que sou. Sim, somos muito mais consequências emocionais que ideias racionais (infelizmente, ou não, vai saber...).
Amei, amo e amarei muito, assim como a moça que não era Capitu do Caio. Não tenho medo de viver ou de sofrer, porque pensando em tudo que vivi, cheguei a conclusão de que tudo valeu muito a pena ser vivido.
No fim, somos isso. Somos o que vimos, o que amamos, o que sonhamos, o que perdemos e o que ganhamos. E eu sei que sempre será pouco pra tudo o que desejamos. Nem sempre realizamos nossos desejos. Não sei se isso é destino ou acaso; o que sei é que tem coisas que não podemos modificar, temos que aceitar, saber entender que nossas escolhas tem consequências - que nem sempre são boas.
Eu estou aqui tentando aceitar as minhas....e continuar.
Emanuella Saraiva
Um comentário:
É um bom texto.
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